Entenda sobre gestão familiar empresarial e tenha sucesso nos resultados

Entenda sobre gestão familiar e tenha sucesso nos resultados | Rosalvo Barreto
Gestão Familiar / Mercado Imobiliário

Entenda sobre gestão familiar empresarial e tenha sucesso nos resultados

Hoje em dia, os conselhos sobre como tornar um negócio mais próspero, sólido e sustentável se multiplicam, sobretudo. Mas poucas pessoas ouvem falar na gestão familiar empresarial, cujos donos são parentes, o que exige cuidados.

No fundo, há vantagens e desvantagens, tal como em qualquer outro campo da vida profissional ou pessoal. Contudo, é preciso compreender melhor onde exatamente esses benefícios ou atrasos podem tocar cada caso específico, a depender do modelo de negócio.

De fato, uma coisa é falarmos sobre uma mercearia de bairro, que muito provavelmente será administrada pelo dono com o suporte de alguns familiares, como cônjuge e filhos. Outra situação é falar de uma indústria de confecção de roupas.

Em alguns casos, as decisões dos familiares podem ser equilibradas pelo recurso de sócios que tenham um peso considerável no quadro societário. Ou mesmo por conselheiros, que compõem o famoso caso de Conselhos Consultivos.

Outro aspecto fundamental desse assunto é a questão do crescimento de um negócio herdado. É famosa a afirmação popular de que geralmente as famílias têm avôs nobres, filhos ricos e netos pobres, como se estes últimos fossem irresponsáveis.

Ou, ainda, como se ao herdar um negócio a pessoa não tivesse a expertise que os fundadores tiveram, e por isso acabasse colocando em risco o crescimento ou mesmo a existência da corporação. Mas essas afirmações também precisam ser ponderadas.

Afinal, quando falamos em uma fábrica de uniformes sociais para empresas que já está em sua terceira geração, tendo sido fundada nos anos 1950 ou 1960, não necessariamente os atuais donos são ou deixam de ser familiares dos fundadores.

Além disso, se existem princípios universais de gestão, é indiferente quem irá aplicá-los, se algum parente que herdou o negócio ou outros donos que tenham comprado a empresa para continuar seu legado de maneira isenta e objetiva.

Por isso mesmo é que decidimos elaborar este material, aprofundando não apenas como a gestão familiar de empresas e corporações é importante para obter sucesso nos resultados, mas também dicas práticas de como dar os primeiros passos nesse sentido.

Também é preciso entender melhor alguns conceitos básicos que dão um norte melhor para o tema. Isso ajuda, por exemplo, a identificar qual é o melhor tipo de empresa para um negócio em família.

O que certamente não implica limitar os segmentos, mas o modelo de negócio. Você pode vender vinhos ou fazer aluguel de ônibus para excursão, a questão é como será a administração das estratégias e das equipes.

Por este motivo, se o seu interesse mais urgente e genuíno é entender de uma vez por todas como a boa gestão familiar empresarial pode sim ajudar um negócio a alavancar seus resultados, então basta seguir adiante na leitura deste artigo.

O que é gestão familiar empresarial?

Basicamente, a gestão familiar empresarial nada mais é do que a administração corporativa que se faz daquilo que popularmente é conhecido como “empresa familiar”.

Atualmente, vivemos a época da cultura corporativa ou empresarial, em que as grandes marcas precisam definir não apenas os pilares de missão, visão e valores, mas toda uma filosofia de trabalho que sirva da diretoria à recepção.

Nesses tempos, é fundamental que uma empresa em que parentes dividem a hierarquia saiba como fazer uma gestão realmente sólida e sustentável.

No fundo, esse modelo é o mais antigo de todos, já que antes da Revolução Industrial todas as famílias tinham sua própria terra e produziam ali, dividindo as funções e decisões.

Mas, além da Revolução Industrial e da Consolidação das Leis Trabalhistas, também algumas novidades do mundo empresarial e financeiro impactaram diretamente nesse universo.

Um exemplo grande é o das grandes corporações SA (Sociedade Anônima), ou daquelas que trabalham com Capital Aberto, visto que, nesses casos, a hierarquia fica relativizada e as decisões extrapolam a alçada dos familiares e parentes.

Como uma grande empreiteira que faz reforma de ponto comercial, ela pode seguir esse modelo mesmo sendo uma empresa familiar. Falando assim pode parecer desvantajoso, porém, muitas famílias até preferem este formato.

Isso ocorre pois tomar decisões de amplo espectro não é algo que se limita aos caprichos de uma única pessoa, mas que exige suporte técnico e muito cuidado.

Daí que o papel do conselho possa se tornar tão importante, especialmente quando falamos de um contexto de macroeconomia e macropolítica, que pode mudar a qualquer momento, trazendo sérias consequências para várias empresas.

Neste sentido, a gestão familiar empresarial já não pode ser definida como algo autocentrado, mas sim, como um esforço de fazer determinada empresa ou patrimônio empresarial continuar operando com sua funcionalidade mais vantajosa possível.

Sobre os principais tipos

Outro tema importante que ajuda a compreender melhor sobre o sucesso de uma gestão familiar empresarial é o dos tipos ou modelos de negócio existentes nesse universo.

Afinal, a maneira como os responsáveis vão formatar a hierarquia, a participação nos lucros e a balança de poderes é o que vai determinar não apenas as decisões, mas também os aspectos humanos que poderiam se desviar em problemas sérios.

Quando se pede uma consultoria financeira, por exemplo, pode ficar claro que alguns sócios utilizaram as retiradas mensais da melhor maneira possível. Mas, em outros casos, se não houver uma clareza na gestão, isso pode não ocorrer.

Na prática, há quatro modelos principais de gestão familiar empresarial, que são:

  • O negócio familiar híbrido;
  • O negócio familiar tradicional;
  • O negócio com influência familiar;
  • As startups familiares.

Primeiramente, o híbrido é aquele que referimos acima, por ter seu capital aberto na Bolsa de Valores. Isso tem o poder de relativizar as decisões e distribuir melhor o poder, o que sempre precisa ser feito pensando no bem da companhia, não deste ou daquele.

Já o negócio tradicional é o famoso caso da empresa de fundo de quintal, que começou na garagem e foi crescendo aos poucos, com envolvimento de parentes que iam colaborando com trabalho e, muitas vezes, com recursos.

Um caso bem didático é o do negócio com influência familiar, pois ele também lida com empresas que estão no pregão da Bolsa de Valores, porém, neste caso, a liderança decidiu por ficar abaixo dos 50% das ações.

Ou seja, a família tem um peso muito grande, mas já não detém o poder majoritário da decisão. Geralmente, os demais acionistas não chegam a ter mais de 50%, para pulverizar e fazer com que, embora havendo outros, a soma da família seja mais forte.

Por fim, as startups familiares são essenciais nesse modelo, pois trata-se de um formato bem recente, que tem se desenvolvido nos últimos anos, com foco em empresas que começam pequenas mas contam com uma curva acelerada de crescimento.

Podem ser projetos ligados à tecnologia, ou mesmo softwares voltados para projetos de arquitetura, seja ela civil ou industrial.

O ponto é que, nessas situações, quase sempre vai haver um fundo de investimento por trás, um banco ou uma aceleradora profissional. Neste caso, esse poder paralelo vai querer saber muito bem como as decisões se operam e qual é a relação entre os familiares.

Por dentro dos cuidados básicos

Não se trata de apontar defeitos ou desestimular alguém quanto à gestão familiar empresarial. É preciso tomar cuidado com alguns padrões que tendem a se repetir em qualquer corporação assim, seja qual for o país ou cultura em que opera.

O ponto mais óbvio é deixar que as emoções e a familiaridade acabem impactando a relação, que dentro da empresa deve ser estritamente profissional.

É muito difícil separar as coisas, então, é necessário muita conversa, tanto no ambiente familiar quanto no ambiente profissional, sempre ajustando e afastando ambos.

Por exemplo, quando se trata de uma empresa que fabrica brindes personalizados, pense em como decidir quais as tendências que vão compor um novo portfólio.

Um parente pode ser homem, outro mulher, talvez alguém prefira utilidades genéricas e outro as mais customizadas. Enfim, não se pode deixar que esses traços falem mais alto, mas sim o estudo de mercado e a decisão mais racional.

Vantagens e benefícios

Por fim, é preciso salientar as vantagens reais da gestão familiar, até como modo de ajudar os donos e parentes a se fortalecerem ainda mais.

A primeira delas tem a ver com o alinhamento de convicções, pois é bem mais fácil pais e filhos ou cônjuges terem os mesmos valores gerais do que sócios e amigos.

Assim, logo após a abertura de empresa simples, a marca já teria uma filosofia de trabalho muito bem consolidada, o que evidentemente ajuda a enfrentar a concorrência e exercer um trabalho diferenciado no mercado.

Além disso, o envolvimento com a missão da empresa tende a ser muito maior. Além de que todos estão dispostos a sacrifício de tempo e dinheiro que um funcionário ou sócio nem sempre teria.

Conclusão

A gestão familiar empresarial é uma das mais antigas realidades do mundo, porém, atualmente, ela se relaciona com modelos bem mais desafiadores, como capital aberto, startups e afins.

Por essa razão, com as dicas que demos acima, você fica mais perto de obter resultados incríveis e ter o sucesso tão almejado por você e pelos seus familiares.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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