Aluguel por Temporada: As Imobiliárias Podem ser o ‘Táxi’ no Brasil

Aluguel por Temporada O taxi das imobiliarias
Gestão da Locação / Locação por Temporada / Rosalvo Barreto

Aluguel por Temporada: As Imobiliárias Podem ser o ‘Táxi’ no Brasil

O Aluguel por Temporada emergiu como uma tendência global, e é fundamental compreender como se adaptar a essa evolução do mercado. Neste artigo você irá saber como evitar que sua Imobiliária vire um ‘Táxi’ no Mercado Imobiliário.

Recentemente, o portal ISTO É abordou sobre o “Efeito Airbnb” e como as grandes cidades do mundo estão lidando com as mudanças causadas pelas locações de curta duração. Como é o caso da cidade de Florença, na Itália, que anunciou a proibição de aluguéis de curto prazo em seu centro histórico.
À medida que as tendências avançam, as imobiliárias que não se atualizarem correm o risco de seguir o mesmo caminho que os serviços de táxi diante das transformações causadas pela Uber. Ignorar essa tendência pode resultar em um conflito sem sentido com a nova modalidade que tem conquistado cada vez mais espaço.

No entanto, é importante perceber que o Aluguel por Temporada não necessariamente representa uma ameaça para as imobiliárias. Em vez disso, é uma oportunidade de explorar um novo mercado e adaptar-se às preferências dos mais diversos públicos.


O futuro do Aluguel por Temporada e das Regulamentações

As regulamentações sobre o shortstay estão em constante mudança, pois as cidades e os países estão aprendendo a lidar com os desafios e benefícios desse tipo de locação. Várias cidades ao redor do mundo têm adotado leis para regulamentar o mercado de aluguel por temporada. Leis que visam proteger os residentes de longa duração, garantir a qualidade das propriedades de aluguel por temporada e evitar o impacto negativo do mercado de aluguel por temporada no ambiente urbano.

Regulamentações municipais e regionais para aluguel por temporada

A prática do aluguel por temporada é sujeita a uma variabilidade considerável nas regulamentações, variando desde países que não impõem restrições até aqueles com regras estruturadas. Essa abordagem diversificada é influenciada por fatores locais, refletindo a complexidade das legislações municipais e regionais.

Em diversos países, a dinâmica é marcada pela flexibilidade ou obrigações específicas impostas aos proprietários que optam por alugar por temporada. Por exemplo, em algumas nações, os proprietários podem ser necessitados de obter licenças específicas para conduzir o aluguel por temporada.

Nos Estados Unidos, a questão é tratada em nível estadual, com diferentes leis em vigor. Geralmente, é permitido alugar um imóvel por temporada por um período de até 30 dias, sem que seja preciso obter uma licença. No entanto, certas cidades impõem restrições mais rigorosas. Tomando Nova Iorque como exemplo, a prática é proibida em áreas residenciais.

Na Europa, as regulamentações variam amplamente entre os países. Em linhas gerais, é possível alugar por até 90 dias sem a obrigação de uma licença específica. Todavia, em algumas nações, há restrições adicionais. A França, por exemplo, exige licenciamento para aluguel por mais de 120 dias.

No Brasil, a Lei nº 8.245/91, que trata de condomínios em edificações e incorporações imobiliárias, regula o aluguel por temporada. Sob essa legislação, é possível alugar por até 90 dias sem a necessidade de aprovação dos condôminos. Apesar disso, alguns condomínios podem possuir regulamentações mais restritivas.

Para Rafael Thomé, presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis – ABADI, “A ausência de uma regulamentação para a locação por temporada em ambiente condominial contribui para a geração de conflitos e transtornos.” Marcelo Borges, diretor da ABADI, diz também que em algum momento o Brasil irá precisar de restrições, assim como em Nova York.


O impacto econômico no Mercado Imobiliário

O cenário atual do mercado imobiliário está sendo moldado de maneira significativa pelo crescente fenômeno do aluguel por temporada. O aumento expressivo da demanda por viagens de lazer, a expansão do turismo global e a consolidação de plataformas de compartilhamento como Airbnb e Booking.com têm contribuído de maneira notável para esse impacto.

Esse impulso econômico no mercado de aluguel por temporada é resultado de uma convergência de fatores influentes. O contínuo aumento do turismo, estimulado tanto por viagens de lazer quanto pelo crescimento do trabalho remoto, tem ampliado as oportunidades para proprietários de imóveis que buscam alugar suas propriedades por curtos períodos.

Influência nos preços dos aluguéis convencionais e de venda

A dinâmica do aluguel por temporada pode exercer tanto efeitos positivos quanto negativos sobre os preços dos aluguéis convencionais e as transações de venda, e essa influência está ligada a uma série de fatores que moldam o cenário imobiliário. Elementos como a localização do imóvel, a demanda pelo shortstay e a regulamentação do mercado imobiliário.

Em alguns casos, o aluguel por temporada pode levar ao aumento dos preços dos aluguéis convencionais, pois os proprietários podem optar por alugar seus imóveis por temporada em vez de alugá-los para moradores. O aluguel por temporada tende a ser mais rentável do que o aluguel tradicional, permitindo que proprietários ajustem os preços em função da curta duração das estadias.

Porém, o aluguel por temporada também pode levar à redução dos preços dos aluguéis convencionais. Nesse caso, proprietários podem optar por direcionar suas propriedades para o shortstay em vez de vendê-las.

Medidas para mitigar impactos negativos

Separamos algumas medidas que podem minimizar os impactos negativos do aluguel por temporada na sua imobiliária:

  • Diversificação de Serviços: Em vez de se limitar ao aluguel de longo prazo, as imobiliárias podem diversificar seus serviços e oferecer também o aluguel por temporada. Isso permitirá atender a uma gama mais ampla de clientes e se adaptar às mudanças no mercado.
  • Oferta de Gerenciamento de Propriedades de Curto Prazo: As imobiliárias podem oferecer serviços de gerenciamento de propriedades de curto prazo para os proprietários que desejam alugar por temporada. Isso inclui cuidar das reservas, check-in/check-out, limpeza e manutenção, aliviando o trabalho dos proprietários.
  • Negociações com Proprietários: As imobiliárias podem negociar acordos com os proprietários para incluir propriedades de aluguel por temporada em suas carteiras, garantindo uma relação benéfica para ambas as partes.
  • Análise de Mercado: Acompanhar de perto as tendências do mercado de aluguel por temporada pode ajudar as imobiliárias a prever mudanças e ajustar suas estratégias de acordo.

Ao adotar essas medidas, além de minimizar os impactos, sua imobiliária pode capitalizar as oportunidades oferecidas por essa modalidade, ao mesmo tempo em que atendem às necessidades dos proprietários e locatários.

Embarque na onda da modernidade e torne a tendência da Locação por Temporada sua aliada!

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